Estamos na suíça.
Chegámos um mês antes, porque o Ricardo teve de ir a Portugal, por questões de trabalho que não puderam ser resolvidas de outra forma.
Por isso saímos de Berlim e fizémos a Alemanha às pressas e, com os casos de Covid sempre a aumentar e as medidas a serem implementadas, achámos que deveríamos esperar por ele num porto seguro, a nossa suíça, junto dos nossos familiares.
No outro dia, uma das senhoras que comentou o post dos 1000 seguidores, escreveu que se sentia desiludida. Esperava que relatasse e colocasse mais fotos de todos os lugares que visitamos.
Peço desculpa, desde já, a todos.
Mas eu sou lenta a clarificar as ideias do que absorvo pelo caminho.
Por outro lado, nunca foi uma ideia fazer o diário de bordo sobre os lugares ou monumentos que vemos. Nunca quis ser uma influencer ou guia turístico… desculpem se vos criei essa expetativa.
Tenho amigos que me aconselharam a filmar e fotografar tudo, mas esqueço-me muitas vezes. Eu sei, não sou a melhor amiga das redes socias, mas estou a fazer um grande esforço!
Se não fosse a minha Ana, com a sua Greenminds, a ajudar-me a gerir as redes sociais do Viajar na Maionese, eu não sei como conseguiria. Sim, é graças a ela que têm as fotos a tempo e horas! OBRIGADA minha AMIGA!!!
(Não é uma desculpa, mas sou mais de escrever sobre as emoções. Sobre o que levo de cada dia. Depois perco-me nas palavras e o tempo passa.)
Esta viagem tem como propósito essencial a consciência.
A nossa consciência, como pais, na educação deles, a consciência em termos ambientais, a consciência das nossas limitações, a consciência de aceitar um copo, sem estar sempre a pensar se estará meio cheio ou meio vazio.
E com um propósito destes, é muito importante o estarmos juntos, é importante observar, dar o exemplo e aproveitar cada momento.
Já escrevi sobre isto, sobre Berlim, sobre outras coisas, mas ainda não publiquei, porque à lista de percalços junta-se o meu computador partido. E eu, não tinha acesso aos meus ficheiros.
Depois, tem sido muito difícil termos rede e internet para trabalhar e estudar.
Não quero que esta viagem pareça um flop, porque temos uma tendência natural para nos focarmos no negativo.
Temos tantos momentos bons, tantas aprendizagens!
Prometo que, quando recuperar os meus textos, os partilharei para quem tenha paciência de os ler. Entretanto, e sem o Ricardo, fui improvisando!
Ontem juntou-se a nós, mas até sexta passada, não sabiamos quando é que se juntaria, e as fronteiras apertavam as restrições…
Não sabemos em que medidas continuaremos esta viagem, porque a verdade é que não contávamos que o COVID voltaria a criar tantas barreiras na nossa vida.
Não sabemos tanta coisa…
Mas sabiamos desde sempre que o segredo desta viagem era o de não criar demasiadas expetativas, para gerirmos melhor todas as situações.
Sabiamos que haveriam desafios.
E Sabemos que, qualquer que seja a nossa rota, fizémos o mais difícil: partir.
