
Quando desejamos algo, deve ser em grande! Para que a margem seja boa.
Nós desejámos ir até à Finlândia, queríamos ver a aurora boreal.
A imensidão e a beleza deste desejo fez-nos partir em tempo letivo, porque para ir até à Alemanha, umas férias (grandes) poderiam chegar.
Este desejo foi a força motriz para nos fazer sair, para nos fazer contrariar toda a rotina, para nos fazer saltar da caixa em que estávamos.
Hoje, comunico que estamos de volta.
Regressamos bem mais cedo do que o previsto por duas razões:
1) O COVID corta-nos as asas, e as medidas estão a começar a apertar. Temos medo de confinar num país que não é o nosso (implica custos acrescidos, como de internet).
2) Tivemos uma conta de internet GIGANTE, não compatível com o nosso orçamento,
É muito bom poder trabalhar de qualquer lado mas, se não tivermos morada no país, é uma talhada insustentável.
Os dados móveis, na UE, não têm roaming, MAS são limitados, pelo que, com reuniões e aulas, cedo começámos a pagar taxa de roaming.
Estamos bem e felizes.
Felizes por voltar, mesmo que o regresso seja prematuro.
E coisas tão bonitas aconteceram nos últimos meses!
Planear mantém o horizonte debaixo da vista, e a vida, é um caminho.
Colhemos os frutos que o caminho nos dá.
Estamos/somos muito felizes com os nossos frutos, mesmo que o caminho (por vezes) se apresente sinuoso.
De início, queríamos sair da Suíça em direção a Itália, mas para passar o Cole de São Bernardo, precisamos de pneus de Inverno, que não temos.
Em Portugal não se mudam os pneus nas grandes estações.
Posto tudo isto, decidimos seguir o Rhône, o mesmo rio que passa na cidade dos meus avós, e que tantas vezes vi o seu correr.
Há uns bons anos, espreitámos a sua nascente num velho glaciar, hoje, quase o vimos desaguar.
Como um parto prematuro, que precisa de todos os cuidados e que cada dia é uma conquista, também nós começámos a festejar as pequenas vitórias:
Sem PCR ou teste Antigénio, munidos de testes rápidos na mão, conseguimos passar a fronteira Suiça/França sem nos mandarem parar.
Já só faltam duas!




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